Se houvesse um apocalipse Zumbi, de acordo com estatísticas, este seria o esconderijo mais seguro.
Nos filmes de zumbis, o shopping center é visto como o lugar mais seguro, equipado com todas as comodidades importantes. Mas se seu objetivo final é a sobrevivência, essa opção não é tão boa.
Em um esforço para entender melhor a disseminação de doenças reais, uma equipe de estatísticos da Universidade Cornell, nos EUA, modelou a disseminação de uma praga zumbi fictícia. Seus resultados indicaram que o melhor lugar para evitar a infecção é em locais remotos e escassamente povoados.
Os autores explicaram que as Montanhas Rochosas do Norte – provavelmente em algum lugar em Montana ou no Canadá – seriam o melhor lugar para se esconder. Aparentemente, um surto de zumbis em larga escala na cidade de Nova York poderia levar um mês ou mais para chegar ao norte do estado de Nova York, devido à distância geográfica e à taxa de infecção mais lenta, o que significa que as pessoas que moram neste local teria uma quantidade razoável de tempo para planejar sua fuga.
“Quanto menor for a cidade e inabitável for a região que você mora, mais chance de sobrevivência você terá.”
“Dada a dinâmica da doença, uma vez que os zumbis invadissem áreas menos povoadas, todo o surto desacelera, tendo menos humanos para infectar”, disse o autor principal Alex Alemi.
A modelagem mostra que levaria semanas para o surto atingir as comunidades rurais, e meses para atingir as montanhas do norte.
“o projeto foi uma visão geral da modelagem epidemiológica moderna, começando com equações diferenciais para modelar uma população totalmente conectada, passando então para modelos baseados em redes e terminando com uma simulação completa em escala de surto continentais”.
A simulação teve que levar em conta uma população de aproximadamente 300 milhões de pessoas, com cada pessoa presumindo estar em um dos quatro estados: humano, infectado, zumbi e zumbi morto. O estudo rastreou a propagação da epidemia modelando as interações aleatórias entre as pessoas – por exemplo, mordidas de zumbis levando à infecção, e humanos matando zumbis, atrasando a propagação. No final, os pesquisadores conseguiram identificar os locais onde a doença levaria mais tempo para chegar.
No entanto, mesmo com esconderijos ideais, a perspectiva para os humanos é bem ruim, caso uma praga zumbi realmente se materialize.
“Nós descobrimos que em parâmetros 'realistas', estamos amplamente condenados”, concluíram os autores no resumo de seu artigo.
Pode parecer um pouco bobo simular um surto de zumbis, mas o Pentágono dos EUA e os Centros de Controle de Doenças dos EUA usaram cenários de surtos de zumbis para ajudar a desenvolver programas de treinamento em preparação para desastres.