O enigma por trás das ‘tábuas da destruição’ de 4.000 anos foi resolvido.
Uma das tábuas recém-traduzidas. Crédito da imagem: Curadores do Museu Britânico
Os arqueólogos decifraram com sucesso profecias de destruição escritas em antigas tabuinhas cuneiformes da Babilônia.
As tabuinhas, que permaneceram um mistério desde a sua descoberta há 100 anos, datam de cerca de 1.200 a.C. e são originárias da cidade babilônica de Sippar, onde hoje é o Iraque.
Os arqueólogos com a ajuda da inteligência artificial conseguiram decifrar o texto nas tabuinhas.
As tabuinhas contêm presságios de destruição baseados em observações celestes e são os registros mais antigos conhecidos de presságios de eclipses lunares relativos ao destino da antiga Mesopotâmia.
“Se um eclipse ficar obscurecido de seu centro de uma só vez e claro de uma só vez: um rei morrerá, destruição de Elam”, diz uma das previsões.
"Um eclipse na vigília noturna significa pestilência. Se um eclipse ocorrer ao contrário, nada será poupado, o dilúvio ocorrerá em todos os lugares."
O que é interessante é como as pessoas da época interpretavam eventos celestes, como eclipses lunares, de forma bastante negativa, associando-os à ocorrência de grandes desastres.
“A astrologia babilônica era um ramo acadêmico da adivinhação fundado na crença de que os eventos no céu eram sinais codificados colocados ali pelos deuses como avisos sobre as perspectivas futuras daqueles que estavam na Terra”, escreveram os autores do estudo.
"A observação astrológica fazia parte de um método elaborado de proteção do rei e de regulação de seu comportamento em conformidade com os desejos dos deuses."