Gigantes, cobras e monstros entre um tesouro de gravuras rupestres antigas.
Algumas das gravuras são enormes. Crédito da imagem: CC POR Philip Riris et al.
Pesquisadores desenterraram uma enorme coleção de gravuras rupestres na América do Sul que datam de mais de 1.000 anos.
Descoberto ao longo da fronteira entre a Venezuela e a Colômbia, o local, que se pensa conter cerca de 10.000 gravuras, é uma das descobertas mais significativas do gênero nos últimos anos.
Apenas uma fração das gravuras que se acredita estarem contidas na área – que cobre cerca de mil milhas quadradas – foi realmente descoberta.
As próprias gravuras apresentam uma grande variedade de coisas, desde animais (como macacos, abutres, crocodilos e cães) até formas geométricas e outros padrões estranhos e não identificados.
Talvez o mais notável, porém, sejam as gravuras de cobras enormes, centopeias gigantes e até figuras semelhantes a humanos medindo mais de 10 metros de altura.
As gravuras de cobras são particularmente intrigantes, com uma delas medindo impressionantes 43 metros de comprimento.
Tais representações de serpentes sugerem que as pessoas que as criaram tinham uma reverência pelas serpentes semelhante à de outras culturas em todo o mundo.
As cobras têm sido uma parte importante dos sistemas de crenças há milênios, com representações delas sendo encontradas em todos os lugares, desde o antigo Egito até a Austrália aborígine.
“Nossa pesquisa de campo na Colômbia e na Venezuela está, pela primeira vez, revelando uma cultura antiga anteriormente desconhecida e não registrada nesta parte remota da América do Sul”, disse o co-líder do projeto, Dr. Philip Riris, da Universidade de Bournemouth.
"Esperamos que isto permita ao mundo moderno apreciar as conquistas artísticas e outras, há muito perdidas, das pessoas que viveram lá muitos séculos antes da colonização europeia."