Estudo relaciona radiação de celular ao câncer cerebral.
Muitos estudos revisados por pares estão sendo divulgados comprovando a conexão entre a radiação do celular e o câncer cerebral, contradizendo um estudo recente liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que afirma não haver evidências de conexão.
Pesquisadores sul-coreanos analisaram 24 estudos e divulgaram seu relatório no periódico Environmental Health, os cientistas descobriram maiores riscos de tumores cerebrais malignos, meningioma e glioma no lado da cabeça onde os celulares eram segurados. Eles também descobriram que o uso pesado e prolongado de celulares estava conectado a um risco maior de glioma.
O estudo sul-coreano eleva para sete o número de meta-análises publicadas desde 2016 que conectam a radiação de celulares a um risco maior de câncer no cérebro, escreveu o Dr. Joel Moskowitz em seu site.
Moskowitz, lidera o Centro de Saúde Familiar e Comunitária da Universidade da Califórnia, Berkeley, realiza e distribui pesquisas sobre tecnologia sem fio e saúde pública desde 2009.
"Esses sete estudos meta-analíticos revisados por pares contradizem a conclusão da recente revisão sistemática da OMS", disse Moskowitz. Ele acrescenta que há evidências de que a OMS selecionou pesquisadores tendenciosos da indústria para realizar sua revisão.
O Dr. Lennart Hardell, um cientista renomado que descobriu uma conexão entre o uso de celulares e gliomas, concordou com Moskowitz.
Hardell disse em uma entrevista ao The Defender que é "impressionante" que os pesquisadores sul-coreanos chegassem a uma conclusão que contradiz diretamente as descobertas dos autores do estudo da OMS.
"Os autores do estudo da OMS devem ser responsabilizados por seu comportamento fraudulento violando a saúde humana e o meio ambiente. E por sua falta de princípios éticos na ciência", disse Hardell, um oncologista e epidemiologista da Environment and Cancer Research Foundation e autor de mais de 350 artigos, quase 60 abordam a radiação sem fio.
Estudo da OMS afirma que não há ligação entre uso de celular e câncer cerebral
A revisão de pesquisa encomendada pela OMS e publicada recentemente na Environment International teve pesquisadores examinando 63 estudos concluídos entre 1994 e 2022. Avaliando esses estudos estavam 11 investigadores de nove países.
Os pesquisadores examinaram os efeitos das radiofrequências de telefones celulares, estações base, transmissores e exposição ocupacional.
Eles se concentraram em cânceres no cérebro de adultos e crianças, incluindo câncer da glândula pituitária e glândulas salivares. A ameaça de leucemia também foi considerada.
Os pesquisadores relataram que, apesar do enorme aumento no uso de dispositivos móveis nas últimas duas décadas, não houve um aumento equivalente no câncer cerebral. Eles acrescentaram que a avaliação de risco envolve pessoas que repetidamente fazem longas ligações telefônicas e aquelas que usaram dispositivos móveis por mais de uma década.
O estudo sul-coreano foi publicado após dados de saúde da Dinamarca revelarem que tumores do sistema nervoso central, juntamente com tumores cerebrais, estão aumentando.
"A Dinamarca é conhecida por seu excelente monitoramento de casos de câncer, seus dados têm mostrado um aumento claro de câncer no cérebro", disse Mona Nilsson, cofundadora e diretora da Fundação Sueca de Proteção contra Radiação.