Como as corporações usam a tecnologia de rastreamento ocular para aprender tudo sobre nós.

Outra maneira infalível de coletar informações pessoais dos usuários é a tecnologia de rastreamento ocular que está se tornando cada vez mais popular.

Os autores da série de livros da IFIP (International Federation of Information Processing) “Advances in Information and Communication Technologies” afirmam  que os dados coletados por meio do rastreamento ocular podem revelar muitas informações sobre as pessoas. Por exemplo: gênero, idade, etnia, peso corporal, qualidades pessoais, presença/ausência de maus hábitos, estado emocional, habilidades e capacidades, medos, interesses etc. 

“Certos métodos de rastreamento ocular permitem a detecção de certos processos cognitivos e podem ser usados ​​para diagnosticar vários estados de saúde física e mental”.

De acordo com a Grandview Research, “os dados analisados ​​são usados ​​para estudar uma variedade de condições psiquiátricas e neurológicas, como transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, transtorno obsessivo-compulsivo, doença de Parkinson, doença de Alzheimer e esquizofrenia”.

Como funciona o rastreamento ocular?

O sistema de vigilância pode entender exatamente o que você está olhando, ele também rastreia a duração da fixação do olhar, movimentos oculares rápidos e suaves entre as fixações, aceleração do olhar e velocidade máxima do movimento ocular.

O Eytracking analisa o movimento das pálpebras, observando o quão abertos os olhos estão, com que frequência uma pessoa pisca e por quanto tempo seus olhos permanecem fechados. O sistema percebe a condição dos globos oculares, como vermelhidão, secura/umidade, pode medir o quão dilatadas/estreitas estão as pupilas, observa a cor dos olhos e a textura da íris. 

Mas não apenas as pálpebras e os olhos são de competência do rastreador ocular, mas também o movimento das sobrancelhas, a pele ao redor dos olhos e sua cor, o número e a profundidade das rugas, o formato dos olhos e outros.

A identidade biométrica é estabelecida por vários fatores. As cores e padrões da íris podem ser usados ​​nesse sentido, assim como impressões digitais. As reações das pupilas, a velocidade da visão e a trajetória pela qual os olhos seguem o movimento do objeto também são levadas em consideração. 

A dilatação/estreitamento da pupila pode falar não apenas sobre a condição física de uma pessoa, mas também sobre sua atividade cerebral. Por exemplo, a frequência de piscar se correlaciona com os níveis de dopamina, o que indica comportamento consciente e proposital.

O movimento da pupila pode revelar os principais traços de personalidade de uma pessoa – neuroticismo, extroversão, flexibilidade, honestidade, bem como curiosidade. Se adicionarmos a isso a análise das expressões faciais, podemos identificar com bastante precisão emoções como felicidade, ansiedade, alegria, desgosto, curiosidade, nervosismo, hostilidade, medo, raiva, tristeza, surpresa etc. 

Os pesquisadores observam que nem sempre é possível determinar claramente quais são exatamente as opiniões de uma pessoa, porque as reações podem ser bastante ambíguas.