Algo está produzindo movimento na superfície da Lua, mas a explicação provavelmente não é o que você pensa.
Gene Cernan na superfície lunar durante a missão Apollo 17. Crédito da imagem: NASA/Harrison Schmitt
Quando o Apollo 17 pousou na Lua em 1972, os astronautas da NASA Gene Cernan e Harrison Schmitt deixaram para trás o Experimento de Perfil Sísmico Lunar (LSPE) - um conjunto de geofones projetados para captar até mesmo os menores indícios de atividade sísmica.
Desde então, esses sensores captaram exemplos frequentes de “terremotos lunares” – tremores sutis causados pelas variações de temperatura da superfície que ocorrem entre a noite e o dia.
Os impactos de meteoritos na superfície também podem ser a causa de tais detecções sísmicas.
Mais recentemente os cientistas que trabalharam com o geofísico Allen Husker, da Universidade de Tecnologia da Califórnia, notaram que a atividade sísmica regular detectada nas manhãs na Lua não estava em conformidade com o que seria esperado do ciclo regular do dia e da noite.
Além disso, ao triangular a origem desta atividade errante, os investigadores conseguiram determinar que ela vinha da fase de descida do próprio módulo lunar do Apollo 17.
Descobriu-se que a base do módulo de aterragem, que é essencialmente um prisma octogonal de 14 pés de diâmetro, também estava a aquecer e a arrefecer ao longo de cada dia, produzindo assim dados sísmicos anômalos.
Espera-se que os dados desta descoberta ajudem a NASA a planejar futuras excursões tripuladas à superfície lunar através do seu ambicioso novo programa Artemis.