06 — O rei Macaco: A jornada para o Oeste.
Quinhentos anos após Sun Wukong ter sido preso, foi decidido que os sutras sagrados do budismo precisavam ser recuperados na Índia e…
Quinhentos anos após Sun Wukong ter sido preso, foi decidido que os sutras sagrados do budismo precisavam ser recuperados na Índia e trazidos para a China. Guanyin, a bodhisattva da misericórdia, escolheu um monge chamado Xuanxang para fazer a peregrinação ao Oeste. (Xuangxang foi, na verdade, um monge histórico que partiu em peregrinação à Índia e retornou à China com ensinamentos sagrados.)
No entanto, Guanyin sabia que a jornada seria perigosa, muitos demônios e monstros tentariam impedir Xuanxang de completar sua tarefa. Para esse fim, ela se encontrou com vários guardiões nobres para ajudar o monge, e um desses guardiões era o rei Macaco.
Guanyin representa a misericórdia, a história toda foca na compaixão, misericórdia e redenção. Cada indivíduo escolhido para ajudar Xuanxang são falhos.
Sun Wukong era selvagem, rebelde e possuía ego e temperamento explosivo, ele havia sido aprisionado por essas falhas pelo próprio Buda.
Zhu Bajie era outro dos companheiros, era preguiçoso e glutão. Ele havia flertado com uma deusa importante, e foi banido por sua luxúria insaciável.
Sha Wujing foi exilado por irritar o Imperador de Jade ao quebrar um objeto precioso, e reencarnou como um demônio devorador de homens. Ele usava crânios de um grupo de homens santos que ele havia assassinado.
O último companheiro foi Yulong, filho de um poderoso rei dragão. Yulong havia destruído a pérola de seu pai (um símbolo de longevidade e sabedoria entre os dragões) em um acesso de raiva, e havia sido sentenciado à morte por seu crime. Ele passou a maior parte da jornada para o Oeste transformado em um cavalo.
Em uma jornada épica que abrange dezenas de capítulos, Xuanxang e seus companheiros partiram para a Índia. Eles eram constantemente atacados por monstros e demônios, que buscavam matar o monge e devorar sua carne. Cada vez, os companheiros de viagem de Xuanxang conseguiam salvar o monge. A jornada levou mais de uma década, mas depois de muita luta (e algumas brigas entre si), o grupo chegou ao templo na Índia e reivindicou os sutras. Eles então retornaram para a China, entregando os sutras nas mãos do templo.
Cada um dos indivíduos foi recompensado por seus esforços. Yulong se tornou um naga, um ser mágico que era uma combinação de dragão e homem. Zhu Bajie recebeu o status de purificador de altares, o que significa que ele podia comer todos os restos de comida deixados nos altares — uma posição sagrada maravilhosa para alguém com tanto amor por comer. Sha Wujing alcançou o nirvana, atingindo uma posição semelhante à de um santo no catolicismo.
Mas as maiores recompensas foram para Xuanxang e Sun Wukong. A impetuosidade de Sun Wukong foi domada, e ele deu sua vida a serviço de um poder superior. O monge e o rei Macaco receberam o presente da iluminação e foram elevados às posições de Buda. Ironicamente, isso significava que o macaco finalmente atingiu seu objetivo — ele recebeu uma classificação igual a de qualquer um no céu.
E assim termina a história do rei Macaco.