Definição: O termo vem da palavra grega HOMILIA. O verbo HOMILEIN era usado pelos gregos para expressar o sentido de “relacionar-se, Conversar, estar juntos” – e nos primeiros séculos da Era Cristã, o termo passou a ser usado para denominar a “arte de pregar sermões”. Daí deriva o sentido HOMILÉTICA.
Sua tarefa não se limita a princípios teóricos, mas concentra-se grandemente no treinamento prático.
O objetivo principal da Homilética é de orientar os pregadores na preparação de sermões. Convém notar que a Homilética não é a mensagem. Ela disciplina o pregador para melhor entregar a mensagem. Não nos esqueçamos: A mensagem é de Deus ( Ef. 6.19 – Col. 4.6).
Ela ensina o pregador onde e como se deve começar e terminar o sermão e tem por objetivo convencer os ouvintes, seja no campo político, forense, social ou religioso.
Por esta razão a Homilética encontra-se diretamente ligada à eloqüência (Eloqüência é a capacidade de convencer pelas palavras).
A Homilética teve início na Grécia antiga no século V a.C. ; através do professor Córax e seu discípulo Tísias. “ Tísias tornou-se o discípulo mais famoso de Córax. Quando Córax lhe cobrou as aulas ministradas, Tísias recusou a pagar, alegando que, se fora bem instruído pelo mestre, estava apto a convencê-lo de não o cobrar, e, este não ficasse convencido, era porque o discípulo ainda não estava devidamente preparado, fato que o desobrigava de qualquer pagamento. O resultado é que Tísias ganhou a questão”.
Entre os gregos algumas qualidades eram exigidas do orador, dentre elas, destacamos: Memória, habilidade, inspiração, criatividade, entusiasmo, determinação, observação, teatralização, síntese, ritmo, voz, vocabulário, expressão corporal, naturalidade e conhecimento.
AS BASES DO SERMÃO
A Bíblia é a fonte principal da pregação do cristão. Um sermão sem texto bíblico por base é igual à árvore cortada na raiz. A base de um sermão é o seu texto bíblico. É impossível desenvolver um sermão, por exemplo, sobre fé, arrependimento, amor de Deus, ressurreição etc., sem base bíblica. A importância de um texto, a sua escolha e colocação no sermão, serão estudadas neste ponto. O texto na predição refere-se à porção escolhida das escrituras no qual o sermão será desenvolvido. Entre os cristãos depois do primeiro século, o uso de textos nas pregações, quase foi deixado de lado, contrariando os princípios Judeus de ler textos amplos nas sinagogas conforme: Ne 8:8; At. 13.27; 15.21.
CINCO RAZÕES DA NECESSIDADE DO TEXTO BÍBLICO NA PREGAÇÃO.
- 1- Dá autoridade à mensagem.
- 2- Exercem influencia restritiva, para o pregador se manter dentro do tema.
- 3- Unificam o sermão.
- 4- Preparam o auditório para o sermão.
- 5- Servem para promover variedades na pregação.
A ESCOLHA DOS TEXTOS
É fundamental a escolha de textos para uma pregação. A escolha deve ser feita com sabedoria e espírito de oração.
O texto para o sermão deve ser escolhido da seguinte forma:
- 1- Claros e objetivos que não haja dificuldades hermenêutica.
- 2- Devem estar dentro dos limites de capacidade do pregador, claros e expressivos, para que ao expor o sermão, não desaponte o auditório.
- 3- Que despertem o interesse do auditório para que possa ser lembrado com facilidade.
O TEMA DO SERMÃO
O tema é o assunto da mensagem. É a verdade central do sermão. Um sermão sem um tema que coordene o seu desenvolvimento é como um navio sem leme, andando a deriva. Defini-se o tema, a matéria de que se vai falar ou tratar no sermão. É a idéia central do sermão, isto é, o assunto dele.
TEMA – Dá nome ao assunto. É a síntese do assunto em discussão.
REQUISITOS IMPORTANTES PARA ESCOLHA DE UM TEMA
- 1- Escolher temas de fácil comunicação.
- 2- Escolher temas que produzam bênçãos.
- 3- Escolher temas apropriados à época, lugar e ocasião.
TIPOS DE TEMAS
Os tipos de temas são diversos, mas os princípios que se originam não mudam.
Um sermão precisa ter estrutura, o que exige unidade homilética.
Três REQUISITOS da unidade homilética
- 1- O sermão deve ter um só tema.
- 2- O sermão deve ter um propósito específico.
- 3- No sermão deve ser empregado unicamente o material de elaboração mais apropriado, tanto para o tema, como para o propósito específico.
Eis alguns tipos de temas:
- a) Tema em forma de pergunta: “Que farei de Jesus chamado Cristo?”. “Que farei para herdar a vida eterna?”. “Que posso fazer para me salvar?”.
- b) Tema sobre forma de uma palavra ou frase: “Fé” “Sem fé é impossível agradar a Deus”
- c) Tema em forma de uma declaração
- d) Tema histórico
- e) Tema imperativo
TÍTULO
Há uma distinção entre tema e título do sermão.
O título do sermão é o nome que a ele se dá, ou seja, é o seu encabeçamento. O propósito primordial de um título é o de mostrar a linha de pensamento que se vai apresentar no sermão. O tema envolve todo um sermão. O título é o nome que se dá a esse todo.O título deve ser bem sugestivo para que possa despertar a atenção ou a curiosidade. Tem de ser atraente, não pelo uso de mera novidade, mas por ser de vital interesse às pessoas. O título deve relacionar-se com as situações e necessidades da vida. – O título não deve ser negativo, e sim de natureza declarativa, interrogativa ou exclamativa.
PREPOSIÇÃO
É aquilo que se vai propor no sermão. É uma tese. A preposição é uma declaração na forma mais concisa possível. É a informação aos ouvintes do que se pensa dizer acerca do tema. É a APRESENTAÇÃO do que se deve ser explicado ou provado.
REQUISITOS DA MENSAGEM
- a) Estar ajustada ao destinatário
- b) Possuir conteúdo significativo (palavras sem nexo não constituem mensagem)
- c) Apresentar sentido claro (muitas vezes as mesmas palavras oferecem sentido diverso para pessoas diferentes)
- d) Estar completa
- e) Ser objetiva (inserida na realidade)
- f) Ser oportuna
ESTRUTURA DO SERMÃO
A estrutura do sermão é, a organização do sermão com suas divisões técnicas, que servem para orientar o pregador, na sua INTRODUÇÃO, PLANO E CONCLUSÃO.
INTRODUÇÃO
É à parte do sermão que serve como ponto de contato entre o pregador e o auditório. (Obs. normalmente a introdução é a última parte a ser feita na preparação do sermão). A Introdução ou exórdio é inteiramente preparatória. É mostrar em síntese o sermão. A Introdução deve ser breve, apropriada, interessante e simples. Na Introdução, o pregador conquista ou perde a atenção do auditório. “Um sermão bem começado é meio caminho andado” (o pregador deve excluir o “EU”, principalmente na Introdução).
O PLANO
O plano tem a ver com a ordem das divisões. Esta parte é chamada também de movimento do sermão. O plano é a discussão da prédica, é o esqueleto com as partes colocadas em seus lugares. Ao dar início ao movimento de esboço ou plano do sermão, o pregador já deve ter estabelecido o seu ponto de contato com o auditório e despertado o interesse dos ouvintes pelo assunto que vai apresentar.
- 1- O sermão deve possuir uma ordem própria nas divisões.
- a) Dar ordem lógica aos pontos e sub-ponto.
- b) As divisões devem obedecer a uma ordem ascendente, isto é, os argumentos mais fortes devem conduzir os argumentos mais fracos.
- c) A ordem do esboço deve ser cronológica.
CONCLUSÃO
Na Conclusão, o pregador deve apresentar o clímax de sua pregação. A aplicação final e definitiva de todo sermão está na Conclusão. Esta parte é tão importante quando a introdução.
A Conclusão deve ter várias aplicações:
- 1- Recapitulação. Não significa pregar outra vez, mas relembrar.
- 2- Narração. Narrar um fato que sirva de aplicação.
- 3- Persuasão, deve levar o ouvinte a uma decisão.
- 4- Convite, deve ser inteligente, claro, insistente, sério e espiritual.
ESPÉCIE DE SERMÃO
- 1- Sermão tópico ou temático.
- 2- Sermão textual.
- 3- Sermão expositivo.
SERMÃO TÓPICO
No sermão tópico ou temático o pregador pode exercer sua capacidade analítica e imaginativa, para usar diferentes modos de dividir o assunto que deseja apresentar.
SERMÃO TEXTUAL
O plano do Sermão textual é tirado do texto. Suas divisões são encontradas nas próprias palavras escolhidas para se basear o Sermão.
As divisões do Sermão textual podem ser:
- 1° Divisão natural.
- 2° Divisão analítica.
- 3° Divisão sintética.
Exemplo de Divisão natural:
- I Cor. 13.13, apresenta três divisões naturais, cujo tema tirado do texto fica a critério do pregador.
- 1ª Divisão: Fé
- 2ª Divisão: Esperança
- 3ª Divisão: Amor
Exemplo de Divisão analítica.
Este tipo de Divisão baseia-se em perguntas: quem?, que?, quando?, como? e onde?.
As melhores divisões são formadas pelas partes principais do texto e apresentadas na mesma ordem em que ali aparece
Exemplo: Lc. 15.17-24.
Tema: Arrependimento do filho pródigo.
- a) Reconheceu seu estado perdido.
- b) Resolveu voltar ao lar.
- c) Confessou seu pecado.
- d) Foi recebido e perdoado.
- e) Reconquistou seus direitos perdidos.
DIVISÃO SINTÉTICA
A Divisão sintética dá ao pregador o direito de organizar seu esboço sem se preocupar com a ordem do texto. A palavra sintética é relativa à síntese do resumo. O pregador pode sintetizar ou resumir as partes do texto.
Exemplo: Mc. 6.34-38
Tema – Despenseiros de Deus.
- a) Visão v. 34,38 –
- b) Compaixão v. 35 –
- c) Provisão v 37
SERMÃO EXPOSITIVO
O Sermão expositivo é o que faz a exegese do texto escolhido. É o desenvolvimento de uma verdade contida em uma passagem bíblica. É um método que exige estudo e tempo da parte do predicante na preparação do que vai expor. O Sermão Expositivo é primordialmente bíblico, porque se ocupa em interpretar literal ou figurativamente.
Alguns conselhos úteis ao uso de SERMÕES Expositivos
- a) Não fugir do texto.
- b) Ser prático na aplicação da passagem exposta.
- c) Estudar plenamente o texto.
- d) Evitar a monotonia.
- e) Cultivar a meditação e a oração que é a fonte da inspiração.
- f) Cultivar a leitura sistemática da bíblia.
- g) Procurar sempre despertar o interesse da igreja por este tipo de Sermão.
Exemplo: Tema: Cristo Senhor – Colossenses capítulo 1
1 – Saudação v.1-12
- a) Saudação inicial de Paulo, vs. 1-2
- b) Ação de Graça – vs. 3-8
- c) Intercessão pelos Colossenses – vs. 9-12
2 – Cristo Senhor Pleno
- a) Senhor da redenção – vs. 13-14
- b) Senhor da criação – vs. 15-17
- c) Senhor da igreja universal – vs. 18-20
- d) Senhor da Igreja local em Colossos-vs. 21-23
3 – Cristo o Senhor do ministério de Paulo-vs. 24-29
- a) Um ministério de sofrimento. v.24
- b) Um ministério de serviço. vs. 25-27
- c) Um ministério de responsabilidade. v.29
- d) Um ministério pastoral v. 28
AS DIVISÕES DO SERMÃO
Quatro requisitos são indispensáveis à elaboração das divisões.
a) Uniformidade –
Um sermão tem de ser uniforme, isto é, invariável nas suas divisões. Se a forma dada ao sermão for à tópica, todo sermão deve ser desenvolvido nesta forma. Todos os pontos principais devem tanger a mesma classe de relação com o tema.
b) Simetria –
É a harmonia resultante de certas combinações e proporções regulares. É o que forma a posição das partes que estão de lados oposto em perfeita harmonia.
c) Transição –
Este requisito trata do cuidado que o pregador dever ter na passagem de um ponto para outro. Em cada divisão o pregador dever fazer uma ponte de passagem para o ponto seguinte, essa ponte servirá para evitar um salto precipitado.
d) Pertinência –
O assunto exposto no começo dever ser o mesmo até o fim do sermão. A unidade deve estar na pertinência dos pontos principais entre si e com o tema do sermão.
REGRAS BÁSICAS PARA O PREGADOR:
- a) Basear-se em fatos.
- b) Dominar os fatos.
- c) Separar os fatos interessantes.
- d) Captar a atenção desde o início.
- e) Manter a expectativa e curiosidade.
- f) Somente citar casos relacionados com o assunto.
POSTURA DO PREGADOR OU PRELETOR
Não recomendada
- a) Rígida.
- b) Negligente.
Ideal
Em pé, com naturalidade.
MÃOS E BRAÇOS
Não se recomenda
- a) Mãos nos bolsos.
- b) Braços cruzados.
- c) Corpo apoiado sobre o púlpito, mesa ou cadeira.
- d) Dar socos na mesa ou no púlpito.
- e) Gesticulação exagerada.
Recursos permitidos desde que moderados
- a) Dedo em riste.
- b) Estalar os dedos.
- c) Acenar com as mãos.
- d) Levantar ambas as mãos.
OLHAR
Não se recomenda
- a) Fixar em um só ponto ou objeto.
- b) Fixar em uma determinada pessoa.
- c) Vacilar o olhar, como quem procura algo perdido.
- d) Em caso de um culto gravado, não fixar o olhar nas câmeras de vídeo.
Ideal
Dividir o auditório em quatro partes para uma completa visualização e procurar fixar os componentes do auditório nos olhos.
TIMBRE DE VOZ
Evitar
- a) Eloqüência exagerada.
- b) Monotonia.
- c) Repetir a mesma ênfase.
- d) Pausas acentuadas.
Ideal
- a) Falar com clareza (boa pronuncia).
- b) Efetuar variação na cadência.
- c) Entonação e energia.
- d) Voz agradável.
ERROS COMUNS A SEREM EVITADOS
- a) Iniciar a mensagem com justificativas: não sei falar, não sou orador, não estava preparado, etc.
- b) Excesso de austeridade.
- c) Ser presunçoso ou arrogante.
- d) Resmungos: Ah… Hum… Bem… Aí… Né… E Daí… Etc.
- e) Cacoetes.
APRESENTAÇÃO PESSOAL
Cuide de sua apresentação pessoal, pois a primeira impressão é a que fica! Uma pessoa não precisa estar ricamente trajada para estar bem vestida. Quanto à maneira de vestir-se é importante que a pessoa esteja sempre bem cuidada.
Interpreta-se por “bem cuidada” a pessoa que traz:
- a) Unhas limpas
- b) Cabelos em ordem e penteados
- c) Sapatos limpos e lustrados
- d) Asseio corporal (banho, desodorante, barbear-se, dentes escovados, etc).
- e) Dentes cuidados (naturais ou postiços) proporcionam sorriso sem constrangimento
- f) Trajes sóbrios e decentes, combinados com bom gosto
Obs: – Se a pessoa tem dificuldades financeiras, não deve usar isto para desleixo ou falta de asseio. A roupa usada, porém lavada e bem passada, compõe melhor quem a veste, do que a melhor roupa que não esteja bem lavada e bem passada.
LEMBRE-SE : “O nosso corpo é o Templo do Espírito Santo” (I cor.6: 19 e 20)
ATITUDES IMPRÓPRIAS NO PÚLPITO:
- a) Contar gracejos, anedotas. Usar vocabulário vulgar. (não confundir isto com ilustrações)
- b) Manter as mãos nos bolsos o tempo todo, na cintura ou para trás.
- c) Coçar-se, especialmente de modo inconveniente.
- d) Exibir lenços sujos, especialmente por ocasião da Santa Ceia do Senhor.
- e) Falar de olhos fechados ou arregalados, bom como olhar demoradamente para cima ou para o piso como se tivesse perdido algo…
- f) Falar gritando o tempo todo.
- g) Molhar o dedo na língua para virar a pagina da Bíblia.
- h) Não pular nem gesticular demasiadamente.
- i) Limpar as narinas no púlpito.
- j) Bater o pé no chão com força repetidamente e dar murros na plataforma com estardalhaço.
- k) Fazer cacoetes ou tiques mímicos ou fônicos. Exemplos de tiques fônicos: “Eh” , “Há”, quando em dúvida, pausa, indecisão ou dificuldade.
- l) Dosar o tempo!
TESTEMUNHO: até 05 ( cinco minutos ).
UMA PALAVRA: até 10 ( dez ) minutos.
UMA SAUDAÇÃO: até 05 ( cinco ) minutos.
PREGAÇÃO: até 40 ( quarenta ) minutos.
- m) Escorar – se no púlpito ou segurá-lo, exceto para completar a mensagem, isto é, dar-lhe dimensão mediante a linguagem gestual.
- n) Orações longas no púlpito! Orações muito longas no púlpito podem ser indicação de pouca oração em casa.
- o) Arrumar o cabelo, a gravata e a roupa em geral, quando no púlpito.
- p) Não copiar o modelo de outros preletores, porque nunca da certo. Procure melhorar, mais sendo sempre o que você é de fato. O problema começa quando você tenta mostrar ser o que você não é.
DIREÇÃO DE CULTOS
1º) CULTO DE ORAÇÃO
O Culto de oração é essencialmente para crentes. Às vezes a presença de pessoas não crentes nele se admite. O Cuidado na direção dos cultos de oração deve ser de primeira ordem, pois nestes cultos o povo de Deus vem buscar soluções para os seus problemas. Nele se fazem pedidos muitas vezes angustiosos, mas a ordem deve ser observada. Todos devem orar a Deus nas reuniões. Isto é agradável e salutar, pois oferece a cada um a liberdade de apresentar a Deus os seus pedidos. Pode ainda agradecer e louvar a Deus por todas as benções recebidas. Mas também é bíblico que essa liberdade não leve os crentes a uma gritaria carnal, que dá ma impressão. Conforme relata no livro de Atos os crentes em Jerusalém todos “unânimes levantaram a voz a Deus”, mas também devemos meditar no fato de que, apesar de haverem unânimes levantados a sua voz a Deus, todos ouviram o que se dizia (At. 4.24,31) e a oração foi tão poderosa, que moveu o lugar em que estavam reunidos, e todos foram cheios do Espírito Santo.
2º) CELEBRAÇÃO DA SANTA CEIA DO SENHOR:
A Ceia do Senhor é um memorial que representa a mais sublime festa da igreja aqui na terra. É um ato por demais solene, e quem o oficia deve Ter o pleno conhecimento bíblico acerca dele. Textos bíblicos que falam do ato: (Mt.26.26; Mc. 14.22-26; I Cor. 11.23-32).
Qual o intervalo estipulado na bíblia para se realizar a Santa Ceia? Jesus disse: “Todas às vezes”
O que fazer com o pão e o vinho que sobrou? – Esta questão é salutar.
Quem deve participar da Santa Ceia? – Todos os crentes batizados nas águas e em comunhão com a igreja.
Pessoas de outras denominações? – Lembre-se a Santa Ceia é do Senhor.
CELEBRAÇÃO DE NOIVADO
Ficar noivo é o costume adotado na nossa sociedade por quem pretende assumir o casamento. Sugere uma atitude séria e uma decisão definida dos que resolveram ficar noivos. Não é prudente realizar um culto no templo para realização de um noivado, por se tratar de um ato estritamente familiar, e entre amigos mais chegados, e nunca no templo, em ato público, como se fosse um casamento.
Textos bíblicos: Gn. 24.58-61 – Salmo 1.1-3 Pv.16.1 Mt. 18.19 Lc. 6.47-48
Após a leitura, o oficiante fará uma explanação embasada no texto lida e aproveitará para dizer ao casal que a responsabilidade agora é muito maior, tanto diante da família como da sociedade e principalmente diante de Deus. Dirá ainda que o noivado não abre caminho para a prática de atos amorosos que só são cabíveis dentro do matrimônio.
CELEBRAÇÃO DE CASAMENTO
Leitura bíblica: Gn. 2.18-24 Hb. 13.1a. Ef. 5.22-33 Jo. 21.11, etc.
APRESENTAÇÃO DE CRIANÇAS
Leitura bíblica: I Samuel 1.20,24-28; 3.19.
FUNERAL
Este cerimonial do ponto de vista humano, é sem dúvida o que menos agrada ao ministro oficiante, porém não se deve fugir ao dever do oficio. Cabe, portanto, ao oficiante da cerimônia fúnebre observar as seguintes recomendações:
- a) Conhecer a condição espiritual e o testemunho da pessoa falecida, a fim de evitar pronunciamentos inverídicos que possa criar constrangimentos.
- b) Conhecer os membros da família antes de iniciar a cerimônia.
- c) Conhecer o local e horário do sepultamento com segurança.
- d) Iniciar a cerimônia sempre com uma oração.
- e) O tom de voz deve ser moderado – Nunca como se estivesse pregando numa cruzada evangelística ou no púlpito
- f) Leitura da palavra: I Ts. 4.13-18 II Co. 1.5-7; 5.1-10 I Co. 14.39-55 ap.14.13; 21.3-4 etc…
- g) Estabelecer limite de tempo para a palavra.
- h) Os cânticos só deverão ser entoados com autorização da família. Nunca por iniciativa do oficiante ou de pessoas alheias a família, para evitar que alguém se sinta ferido.
- i) Os cânticos devem ser entoados em tom de piano (baixo)
UNÇÃO COM ÓLEO
A unção com óleo tem sido matéria duramente discutida por alguns ministérios, e muita polêmica têm se levantado em torno do assunto. Não será necessário fazer qualquer comentário em torno do assunto, visto que a bíblia define com clareza este tema não deixando qualquer brecha. Ao abrirmos o livro de Tiago 5.14-15 – e analisarmos o texto, temos de explicar o seguinte:
- a) A unção é praticada pelos presbíteros (os pastores são também chamados de presbíteros), não é biblicamente, função de mais ninguém.
- b) Não se deve sair oferecendo unção. A bíblia diz “Chame os presbíteros”.
- c) Observar se o lugar onde se encontra o enfermo não oferece impedimento para efetivação do ato (Às vezes o estado do enfermo exige cuidados rigorosos do médico, e nestes casos é prudente comunicar ao médico).
- d) O local da unção (aplicação do óleo), não é o da enfermidade. Estamos autorizados a ungir o enfermo e não a enfermidade
- e) Fazer o enfermo beber óleo e um procedimento totalmente extra bíblico – Deus não se acha na obrigação de responder pelas ações que se praticam fora do contexto bíblico.
- f) É necessário que se diga ao enfermo que o óleo é usado tão-somente como um símbolo do Espírito Santo e quem têm a virtude de curar é a oração da fé.
CULTO NOS LARES
O culto nos lares é sem dúvida uma das melhores oportunidades que a igreja dispõe para evangelização. Faz-se necessário que o responsável pela sua realização deve estar preparado para tal fim. Neste culto comparecem os vizinhos não crentes, irmãos de outras denominações, neste culto devemos seguir as seguintes recomendações:
- a) Iniciar sempre no horário marcado.
- b) Não fazer acepção de pessoas, ao cumprimentá-los, como por exemplo cumprimentar os irmãos em Cristo com a paz do Senhor e outros com boa noite, ou, A paz do senhor para os irmãos e os ouvintes uma boa noite de salvação. Esse tipo de saudação esta incorreta, pois, a saudação deve ser igual para todos.
- c) Ao iniciar a oração na residência, somente à pessoa incumbida da oração deve orar, os demais devem ficar em espírito, ouvindo, ou confirmando com a expressão Amém.
- d) Não falar sobre nenhuma hipótese de fotografia, ou imagens de adoração sobre a parede, muito menos, solicitar para que retire.
- e) Não se envolver em assuntos doutrinários, que cabe ao pastor da igreja.
- f) Não falar sobre usos e costumes.
BILBIOGRAFIA:
- Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia – Champlin, R.N – Hagnos.
- Manual bíblico Vida Nova – Vida Nova.
- A bíblia em Esboços – Hagnos.
- Pregação ao Alcance de Todos – Reifler, Hans Ulrich – Vida Nova.
- Enciclopédia e Dicionário Ilustrado KOOGAN / HOUAISS – Delta
- A Bíblia TEB – Edições Paulinas/ Loyola.
- Bíblia de Jerusalém – Edições Paulinas.
- Bíblia de Estudo NTLH – SBB.
MORI, Paulo – Bacharel Teologia – Licenciado Pedagogia / Filosofia – Pós graduado Docência do ensino Superior – Pós Graduando Gestão Escolar – Técnico Eletrônico CREA nº 50616783000 / Profetico
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